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18 de Abril de 2024

Projeto obriga médicos formados com recursos públicos a exercício social da profissão

Publicado por COAD
há 11 anos

Médicos formados por meio de custeio com recursos públicos, tanto em instituições públicas como privadas, deverão realizar dois anos de exercício social da profissão. É o que prevê projeto de lei do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que está pronto para ser votado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Depois do exame na CE, a matéria ainda será examinada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa.

De acordo com o projeto de lei do Senado (PLS 168/2012) os médicos recém graduados devem prestar serviços em municípios com menos de 30 mil habitantes, bem como em comunidades carentes localizadas em regiões metropolitanas. O exercício social da profissão de médico deve ser cumprido em jornada integral e exclusiva de 40 horas semanais, com todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Por emenda do relator na CE, senador Paulo Paim (PT-RS), ficam dispensados do exercício social da profissão os médicos convocados para prestar o serviço militar obrigatório.

A proposta ainda exige que as instituições superiores públicas e as privadas que tenham estudantes em regime de gratuidade integral custeadas pelo poder público incluam na organização de seus cursos conteúdos para treinar o futuro médico no exercício social da profissão. Assim, devem instituir programas de prestação de serviço em saúde em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a esfera de governo responsável pela remuneração desses profissionais, bem como de extensão para treinar o futuro médico no exercício social da profissão. As instituições também devem garantir experiências curriculares que reproduzam as condições reais de trabalho em comunidades carentes e isoladas.

Apesar do avanço científico e tecnológico e da sofisticação da medicina, observou Cristovam na justificação da proposta, o atendimento público à saúde ainda é precário. Em cidades pequenas e médias, destacou, além da carência de profissionais da área da saúde, em especial de médicos, também há falta de equipamentos e de materiais. Em consequência, disse o senador, as pessoas procuram atendimento médico em cidades maiores, o que sobrecarrega o sistema de saúde dessas localidades.

- Nessas grandes cidades vigora o caos. Emergências superlotadas; postos de saúde que deveriam prover a primeira triagem dos enfermos com prédios e equipamentos sucateados, quando não inexistentes; filas para consultas e cirurgias, para procedimentos que não admitem espera; hospitais sem leitos disponíveis, em que os gestores tentam esconder da imprensa os doentes amontoados em corredores; os pacientes desassistidos, as vidas abreviadas, ressaltou Cristovam Buarque.

Na avaliação do autor, a proposta contribuirá para socializar as experiências públicas e as iniciativas privadas que reduzam as desigualdades no tratamento de saúde entre pessoas ricas e pobres.

FONTE:Agência Senado

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Uma boa ideia, na verdade nós temos um sistema de saúde, invejável, embora os recurso sejam desviados. Em minha cidade que esta abaixo de 8 mil habitantes não existe sequer a possibilidade de atender um paciente que sofre um infarto. perdi um irmão com 53 anos, pois ao chegar no posto de atendimento o médico do PSF já havia ido embora. O governo feral deveria exigir dos prefeitos contrapartida para que médicos ficassem de plantão nessas cidades e tivesse o minimo de equipamento para os primeiros socorros. Outrossim, médicos eram para serem bem pagos no meu estado um salário base de um médico é R$: 5.900.00 para trabalhar segunda sábado em plantões intercalados de 06 e 12 horas. O médico era pra ser o profissional mais bem pago do pais para que os mesmo não precisassem trabalhar em mais de um hospital. se analisamos médico é pra tentar salva vidas e isto não tem preço. qual é o preço da vida do outrem? Uma vergonha magistrados e deputados ganhando mais de 20 mil para roubarem o nosso país. Já era pra existir a LEI Planos cargos salário e carreira dos médicos a nível de Brasil. E que houvesse obrigações a cumprir, mas com dignidade. os médicos estão pedindo demissões de hospitais públicos por que os salários é uma VERGONHA! a propósito um oficial de justiça tem salário base melhor que um médico. continuar lendo

Excelente iniciativa, há uma carência enorme de médicos em locais afastados, mas tem de ser oferecido estrutura hospitalar para que esses profissionais possam trabalhar. continuar lendo