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19 de Abril de 2024
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    84% das micro e pequenas empresas não querem empréstimos

    Publicado por COAD
    há 7 anos

    A pesquisa da SPC e CNDL sugere que os empresários não veem no crédito um meio para se expandir ou, se veem, acreditam que o processo pode ser demorado, burocrático e custoso

    A demanda por crédito das micro e pequenas empresas (MPEs) atingiu 13,1 pontos em maio, ficando um pouco acima dos 12,4 pontos registrados em abril, o que representa estabilidade.

    De acordo com dados apurados em todo o país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL), 84% dos MPEs afirmam não ter a intenção de tomar crédito, ante os 6% que manifestaram essa intenção.

    Entre aqueles que não querem dinheiro emprestado, 43% dizem conseguir manter o negócio com recursos próprios, além de citarem a insegurança com as condições econômicas do país (18%) e as altas taxas de juros (18%).

    Quanto mais próximo de 100 pontos, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados.

    Dificuldades

    Segundo a pesquisa, três em cada dez (29%) micro e pequenos empresários consideram difícil o processo de contratação de crédito, contra 26% que avaliam como fácil.

    Entre os que consideram difícil, o excesso de burocracia e as exigências dos bancos são os principais entraves mencionados por 45% desses empresários.

    Depois, aparecem as taxas de juros elevadas (41%). A contratação de empréstimo em instituições financeiras é o tipo de crédito mais difícil de ser contratado para 23% da amostra. Para 12%, é o crédito junto a fornecedores.

    “É verdade que as condições econômicas pesam, mas a sondagem mostra que o principal motivo para não contratar é a consideração de que os empresários conseguem se manter com recursos próprios.

    O dado sugere uma barreira entre as micro e pequenas empresas, que não veem no crédito um meio para se expandir ou, se veem, têm a percepção de que o processo pode ser demorado, burocrático e custoso”, disse o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

    Serasa

    A demanda por crédito pelas empresas apresentou queda de 5,4% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado e alta de 2,3% sobre abril.

    No acumulado do ano, a demanda das empresas por crédito teve queda de 3,2% em relação mesmo período do ano passado, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito.

    Para os economistas da Serasa Experian, a procura por crédito por parte das empresas ainda segue bastante deprimida, apesar de a economia demonstrar alguns sinais de saída da recessão.

    O agravamento da crise política a partir da segunda quinzena de maio pode ter também impactado negativamente o apetite por crédito por parte das empresas.

    A análise por porte das empresas mostrou que entre as micro e pequenas a queda em maio foi de 5,2%, comparada a maio do ano passado. Já a demanda por crédito das médias empresas caiu 8,6% e, das grandes empresas, 8,7%.

    No acumulado de janeiro a maio deste ano, a demanda por crédito das micro e pequenas empresas recuou 2,9% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado.

    Nas médias empresas a queda foi de 9,3% e, nas grandes empresas, o recuo em relação aos primeiros cinco meses do ano passado foi de 9,0%.

    A maior queda de procura empresarial por crédito em maio de 2017 ante maio de 2016 foi de 9,5% nas empresas do setor industrial.

    Nas empresas comerciais, o recuo foi de 9,1%, e nas empresas de serviços, de 0,6%.

    Nos primeiros cinco meses deste ano, a demanda das empresas por crédito caiu 6,3% na indústria, 5,3% no comércio e 0,3% nas empresas de serviços em relação ao acumulado de janeiro a maio do ano passado.

    No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, todas as regiões tiveram recuos na demanda das empresas por crédito em comparação ao período de janeiro a maio do ano passado: Centro-Oeste (-4,1%); Norte (-4,1%), Sul (-4,3%), Nordeste (-5,6%), Sudeste (-1,4%).

    FONTE: Agência Brasil

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